Estamos todos no mesmo barco...

"Estamos todos aqui, neste planeta, por assim dizer, como turistas. Nenhum de nós pode morar aqui para sempre. O maior tempo que podemos ficar são aproximadamente cem anos. Sendo assim, enquanto estamos aqui deveríamos procurar ter um bom coração e fazer de nossas vidas algo de positivo e útil. Quer vivamos poucos anos ou um século inteiro, seria lamentável e triste passar este tempo agravando os problemas que afligem os seres humanos, os animais e o ambiente".

Somente o amor humaniza...

"Podemos ser independentes, inteligentes, modernos, sofisticados... Mas sem amor seremos ocos e sem graça".

27 outubro 2007

Qual é mesmo a função das Leis Ambientais?

Diante das violações, burlas e até mesmo amputações de artigos referidos nas leis para garantir sua aplicabilidade; quem responde a tal pergunta com fé e sem titubear? Há leis ambientais que nascem póstumas, outras que servem apenas para nos fazer crer que o bem-estar no planeta ficou garantido; e há as leis que surgem com resoluções tão flexíveis, usando de medidas com aparentes prerrogativas de compensatórias ao danos ambientais, sempre estéreis à ação de proteção do meio ambiente. Dias desses, conversava com amigos sobre a possibilidade de açambarcar moléculas, surripiar genes, manipular matéria em nível atômico, diminuindo-a até ultrapassar qualquer barreira física no mundo, e sobre o futuro que já está sendo contabilizado com negociação de dióxido de carbono (CO2) e água (H2O). Qual o direcionamento da humanidade? Espero que ninguém venha cobrar-me por admirar a natureza, assistir o pôr do sol, verificar a fase da lua ou falar meu idioma. Isso parece bobagem? Mas, estão evidentemente, patenteando nossas plantinhas, traficando nossa fauna e flora, modificando irregularmente nossa paisagem; resguardando nossas áreas naturais para fins imobiliários, e cooptando nosso conhecimento local para algum rendoso acordo ou tratado. Então, vale evidenciar o porquê que leis ambientais favorecerem medidas para uma contabilidade que não indica padrões de sustentabilidade. O que é mais imperativo para a vida é o verde do dinheiro? Se for assim, vamos discursar abertamente na política, nas igrejas, na mídia, nas famílias, ensinar isso desde cedo nas escolas... Ou será que ainda queremos sensibilidade, consciência e humanidade? Se não nos cabem mais tantos contos sobre justiça, democracia, céu, inferno, eleições... Então, é preciso mudar crenças, políticas e atitudes. Não estou me referindo à necessária distribuição justa de dinheiro em nossos “vários Brasis"; em diminuir os encargos aos menos favorecidos; em mexer nos benesses da classe privilegiada; nem sobre a falta de coordenação responsável entre os diversos níveis da administração pública; nem mesmo, na falta de recursos dos órgãos envolvidos na questão ambiental, ou na má aplicação desses recursos. É preciso não aceitar a visão reduzida de governantes que ainda insistem com um verniz de ambientalmente responsáveis, com burocráticos pretextos para usurpar a natureza, reduzindo a vida no planeta nas questões do mercado financeiro com avaliações de custos, taxas, especulações, competitividade... Não precisamos dos pseudo-representantes do povo com seus “santinhos padroeiros”, a rogar nos períodos de eleições, por mais uma época de safra. Precisamos é romper antigos padrões de crescimento, entendendo que é possível extrair os recursos naturais sem produzir a miséria; pois o desenvolvimento e a conservação ambiental se compatibilizam com a sustentabilidade orientada, não predatórias, eliminando as diferenças entre a riqueza e a pobreza. Fundamentalmente, precisamos de uma educação conscientizadora e do aperfeiçoamento da nossa legislação. E então, como vamos nos posicionar diante dos “institucionalizados” absurdos ambientais, políticos e éticos que estão sendo praticados contra a sustentabilidade em nosso planeta?
(Bióloga Cassia Maciel - Jornal VerdeMania)

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"Depois que cumprimos as missões impostas no berço — ter uma profissão, casar e procriar — passamos a ser livres, a escrever nossa própria história, a valorizar nossas qualidades e ter um certo carinho por nossos defeitos. Somos os titulares de nossas decisões... Que bom que a minha vida hoje, está bem mais em conta!!
Sejam benvindos e deixem aqui um tanto do seu pensar.
Um abraço!!