Estamos todos no mesmo barco...

"Estamos todos aqui, neste planeta, por assim dizer, como turistas. Nenhum de nós pode morar aqui para sempre. O maior tempo que podemos ficar são aproximadamente cem anos. Sendo assim, enquanto estamos aqui deveríamos procurar ter um bom coração e fazer de nossas vidas algo de positivo e útil. Quer vivamos poucos anos ou um século inteiro, seria lamentável e triste passar este tempo agravando os problemas que afligem os seres humanos, os animais e o ambiente".

Somente o amor humaniza...

"Podemos ser independentes, inteligentes, modernos, sofisticados... Mas sem amor seremos ocos e sem graça".

29 maio 2009

Não Sabia...

"Parece que ontem mesmo arrumei as malas e desapareci, deixando para trás todas as pessoas do mundo... as chatas, as acéfalas e também as tediosas. Todas elas escondiam espinhos em suas falas, em seus olhares e em seus gestos, e eu nunca fui boa em desviar de farpas, quiçá espinhos. Arrumei as malas e desapareci. A casa da árvore, então, me acolheu. Figura onírica de minha infância, era a casa. Do alto dela, eu imaginava a preocupação de todos ao darem por meu sumiço. Mas, com o passar do tempo, calculei que se acostumariam com minha ausência. A tudo se acostuma.... Pendurada nesta casa, guardei meus silêncios, meus escritos, minhas dores e meus documentos. Fiz do quarto esconderijo para minha esquisitice, minhas calcinhas e meus sonhos. E ninguém precisa saber das luzes da minha casa. Quando acendo, quando apago e quando as faço piscar. Ninguém precisa saber da minha demência, da minha falta de tato, das minhas insônias e das minhas compulsões. Realmente ninguém precisa. E nenhuma outra casa, assim como nenhuma outra árvore, me acolherá da mesma forma que esta me acolhe. Porque esta é minha e me cabe como nenhuma outra jamais me coube. Com o passar do tempo me acostumei a viver sozinha. A tudo se acostuma. E do alto desta casa muita coisa se fez clara. E durante tantos anos, observando as mais variadas flores do mundo, do canto da minha janela, percebi que todas elas traziam consigo alguns espinhos. E nunca fui boa em desviar de farpas, quiçá espinhos. Mas, com o passar do tempo, me acostumei a conviver com eles. Foi então que entendi que flores e pessoas podem ter muita coisa em comum. E que a tudo se pode acostumar. Bastar, com o passar do tempo, aprender a lidar. Parece que foi ontem. Arrumei as malas e desapareci. Deixando pra trás todas as pessoas do mundo. As adoráveis, as dedicadas e também as carismáticas. Eu apenas não sabia que poderia, com o passar do tempo, me acostumar a lidar com todas elas."

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"Depois que cumprimos as missões impostas no berço — ter uma profissão, casar e procriar — passamos a ser livres, a escrever nossa própria história, a valorizar nossas qualidades e ter um certo carinho por nossos defeitos. Somos os titulares de nossas decisões... Que bom que a minha vida hoje, está bem mais em conta!!
Sejam benvindos e deixem aqui um tanto do seu pensar.
Um abraço!!