Estamos todos no mesmo barco...

"Estamos todos aqui, neste planeta, por assim dizer, como turistas. Nenhum de nós pode morar aqui para sempre. O maior tempo que podemos ficar são aproximadamente cem anos. Sendo assim, enquanto estamos aqui deveríamos procurar ter um bom coração e fazer de nossas vidas algo de positivo e útil. Quer vivamos poucos anos ou um século inteiro, seria lamentável e triste passar este tempo agravando os problemas que afligem os seres humanos, os animais e o ambiente".

Somente o amor humaniza...

"Podemos ser independentes, inteligentes, modernos, sofisticados... Mas sem amor seremos ocos e sem graça".

23 março 2011

A Morte da Terra (Meditando: Mt 24 e 25 - II Tim 3)

O dilema humano hoje é de um tamanho inimaginável; isso se compararmos o que temos como circunstância de existência em nossos dias, com as coisas e realidades que caracterizavam os problemas de outras gerações. Como nunca antes, ninguém mais pode negar que o problema da Terra, o único problema da Terra, é a humanidade! Se alguém é consciente do que o cerca, esse ou sofre o tempo todo, ou, então, a fim de não se tornar cínico, precisa encontrar a Armadura que proteja a sua mente. O cerco é de todos os lados. Muitas vezes as lutas são feitas, como disse Paulo, de angustias por fora e tristezas por dentro. A diferença é que o dia mal a cada dia mais, é todo dia. Assim, a Armadura é para todo dia, cada dia mais.
São conflitos existenciais — é um terrível sentimento de “desamparo”; é uma angustia de “encontro” que consome a alma; é sede de afeto; é vontade de provar a vida toda antes que o mundo acabe; é uma esmagadora carência de amor; é uma crescente síndrome de pânico; é um existir necessitado de anti-depressivo; é um crescente desafeto; é o reino do egoísmo; é o culto ao prazer pelo prazer; é o reino dos programas feitos de lugares e não de emoções de verdadeira alegria; é o império da foto digital sem significado na cena; é o cerimonial do medo; é a gala da insegurança; é o exílio da reverencia; é a tirania da ganância; é o governo dos medíocres; é a Informação como estelionato feito mídia; é a conectividade global sem intimidade dentro de casa; é a morte da família; é o enterro da pureza; é a macumba da maldade.
É a morte da Terra — com todas as manifestações apocalípticas relacionadas à natureza. O Mar está zangado; os ventos enlouqueceram; os vírus e bactérias tornam-se mutantes incontroláveis; o ar vai se tornando bafo quente ou frio cortante; as florestas são canibalizadas e comidas; as cidades se estrangulam; as populações se escondem; a morte virou premio pela coragem de morrer; todos os que podem, terminam podendo tudo o que podem, sem escrúpulos; e todos os nossos confortos se tornaram o acolchoamento de nosso próprio caixão global. O espírito suicida individual está se tornando um espírito genecida coletivo; global! A pobreza econômica é somente menor do que a pobreza de espírito. Até o sonho de justiça social unanimente defendido por todos, se fossem feitas reais-concretas, tornar-se-iam num fator de morte do mundo em poucas décadas; pois, o que chamamos de bom, se executado como conforto movido a petróleo — é um sonho de morte confortável. Nosso melhor recurso é transformar a Terra numa UTI. Sim, porque nossos melhores recursos podem apenas nos ajudar numa boa morte. A menos que um espírito de eutanásia possua os líderes mundiais e eles ao invés de optarem pela morte lenta, apertem os botões da Eutanásia Civilizatória. No entanto, com ou sem a tal Eutanásia, ainda chegará a hora na qual precisaremos de balões de oxigênio para aliviarmos nossa falta de ar. Como disse João, os homens dirão aos montes: “Por favor, caiam sobre nós e nos sepultem!” Isto tudo sem que se fale do que espiritualmente se sente no ar. As forças da fobia da morte suscitam os uivos de medo que quase ouço quando converso com certas pessoas. Ora, esse medo se torna pulsão auto-destrutiva frequentemente. No indivíduo simples, ele é sua crise angustia sem foco. No homem de poder o medo provoca seu surto de onipotência. E para quem deseja amar, ele cria a ansiedade do “encontro”, que acaba por tornar a pessoa num ser dedicado à estética, e, frequentemente, entregue à idolatria afetiva, que nada mais é que “projeção”. No enfretamento desse tempo no qual o dia mal é todo dia, Jesus disse que era para estarmos “apercebidos”, “vigilantes”, para “orarmos” —; e para mantermos o coração na bondade que cuida bem do próximo, na disposição de não deixar a chama da lâmpada de nosso ser apagar como a das Virgens Necias; mas, ao contrario, manter o coração com ambição de ser, como na Parábola dos Talentos; e como servos do amor, sem a intenção da recompensa, como os “assustados bem-aventurados” da Parábola das Ovelhas e das Cabras. Mais do que nunca é hora de parar de perder tempo com besteira e com os emaranhamentos da religião das caças às bruxas; e focarmos toda nossa intenção, paixão, inteligência, possibilidades, meios, dinheiro e coragem amorosa — a fim de anunciarmos a Palavra para esta geração de humanos; especialmente nesta época em que a própria “igreja” precisa conhecer o Evangelho tanto quanto o resto do Planeta. Já perdemos muito tempo; e o que não temos mais, é tempo! Quem diz crê, esse não pode ter outra agenda na qual o anuncio da Palavra do Evangelho não seja a prioridade absoluta.
Pense nisto. Mas também busque a Deus; e, segundo a Sua Graça manifesta a você, disponha-se! Nele, que é nossa Segurança todos os dias, até a consumação dos séculos.
(C. Fábio)

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"Depois que cumprimos as missões impostas no berço — ter uma profissão, casar e procriar — passamos a ser livres, a escrever nossa própria história, a valorizar nossas qualidades e ter um certo carinho por nossos defeitos. Somos os titulares de nossas decisões... Que bom que a minha vida hoje, está bem mais em conta!!
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